Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 35
Filtrar
1.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(2): e00073823, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534118

RESUMO

Abstract: Excessive sodium intake is a major global public health issue and the identification of dietary sources and temporal trends in its consumption are a key to effective sodium reduction policies. This study aims to update estimates of sodium intake and its dietary sources in Brazil according to the NOVA food classification system. Records of 7-day food purchases of households from the Brazilian Household Budgets Survey of 2002-2003, 2008-2009, and 2017-2018 were converted into nutrients using food composition tables and the mean availability was estimated per 2,000kcal/day. Mean daily sodium available for consumption in Brazilian households has increased from 3.9 to 4.7g per 2,000kcal, from 2002-2003 to 2017-2018, over twice the recommended levels of sodium intake. From 2002-2003 to 2017-2018, the processed culinary ingredients, including table salt, represented the largest dietary source of sodium, although their participation in dietary sodium was reduced by 17% (66.6% to 55%), while the percentage of dietary sodium from processed foods increased by 20.3% and from ultra-processed foods increased by 47.6% (11.3% to 13.6% and 17% to 25.1%, respectively). In conclusion, the total household sodium availability remains high and has increased over time in Brazil, yet the participation of different dietary sources of sodium have gradually changed.


Resumo: A ingestão excessiva de sódio é um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo e a identificação de fontes alimentares e tendências temporais no seu consumo são fundamentais para a elaboração de políticas eficazes de redução de sódio. Este estudo tem como objetivo atualizar as estimativas de ingestão de sódio e suas fontes alimentares no Brasil de acordo com o sistema de classificação NOVA. Os registros de compras de alimentos no período de 7 dias de famílias das Pesquisas de Orçamentos Familiares de 2002-2003, 2008-2009 e 2017-2018 foram convertidos em nutrientes utilizando tabelas de composição de alimentos. A disponibilidade média foi estimada em 2.000kcal/dia. A média diária de sódio disponível para consumo nos domicílios brasileiros aumentou de 3,9 para 4,7g por 2.000kcal, de 2002-2003 a 2017-2018, mais do que o dobro dos níveis recomendados de ingestão desse nutriente. De 2002-2003 a 2017-2018, os ingredientes culinários processados, incluindo o sal de cozinha, representaram a maior fonte de sódio, embora a sua participação no sódio dietético tenha sido reduzida em 17% (de 66,6% para 55%), enquanto a porcentagem de sódio dietético dos alimentos processados aumentou 20,3% e dos alimentos ultraprocessados aumentou 47,6% (11,3% para 13,6% e 17% para 25,1%, respectivamente). Concluindo, a disponibilidade total de sódio nos domicílios permanece alta e tem aumentado ao longo do tempo no Brasil, mas a participação de diferentes fontes dietéticas de sódio mudou gradualmente.


Resumen: La ingesta excesiva de sodio es uno de los principales problemas de salud pública en todo el mundo, y la identificación de las fuentes alimentarias y tendencias temporales en su consumo son esenciales para desarrollar políticas efectivas de reducción de sodio. Este estudio tiene como objetivo actualizar las estimaciones de la ingesta de sodio y sus fuentes alimentarias en Brasil según el sistema de clasificación NOVA. Los registros de compras de alimentos en el período de 7 días de familias de las Encuestas de Presupuestos Familiares de Brasil de 2002-2003, 2008-2009 y 2017-2018 se convirtieron en nutrientes utilizando tablas de composición de alimentos. La disponibilidad media se estimó en 2.000kcal/día. El promedio diario de sodio disponible para el consumo en los hogares brasileños aumentó de 3,9 a 4,7g por 2.000kcal, entre 2002-2003 y 2017-2018, más del doble de los niveles de ingesta recomendados de este nutriente. Entre 2002-2003 y 2017-2018, los ingredientes culinarios procesados, incluida la sal de mesa, representaron la mayor fuente de sodio, aunque su participación en el sodio dietético se redujo en un 17% (del 66,6% al 55%), mientras que el porcentaje de sodio dietético de los alimentos procesados aumentó un 20,3% y de los alimentos ultraprocesados aumentó un 47,6% (11,3% a 13,6% y 17% a 25,1%, respectivamente). En conclusión, la disponibilidad total de sodio en los hogares sigue siendo alta y ha aumentado a lo largo del tiempo en Brasil, pero la proporción de diferentes fuentes dietéticas de sodio ha cambiado gradualmente.

2.
Appl Physiol Nutr Metab ; 48(12): 919-931, 2023 Dec 01.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-37788488

RESUMO

For the first time since its introduction, the 2019 Canada's Food Guide (2019-CFG) highlighted specific guidance on eating practices, i.e., recommendations on where, when, why, and how to eat. The Canadian Eating Practices Screener / Questionnaire court canadien sur les pratiques alimentaires was developed to assess eating practices based on the 2019-CFG healthy eating recommendations. The objective of this cross-sectional study was to assess the construct validity and reliability of the Canadian Eating Practices Screener. From July to December 2021, adults (n = 154) aged 18-65 years completed a sociodemographic questionnaire and the screener. Construct validity was assessed by examining variability in screener scores, by comparing screener scores among subgroups with hypothesized differences in eating practices, and by examining the correlation between screener scores and fruit and vegetable intake. Reliability, i.e., internal consistency, was assessed by calculating Cronbach's coefficient alpha. Screener item scores were summed to provide a total score ranging from 21 to 105. The mean screener score was 76 (SD = 8.4; maximum, 105), ranging from 53 (1st percentile) to 92 (99th percentile). Differences in total scores in hypothesized directions were observed by age (p = 0.006), perceived income adequacy (p = 0.09), educational attainment (p = 0.002), and smoking status (p = 0.09), but not by gender or health literacy level. The correlation between screener scores and fruit and vegetable intake was 0.29 (p = 0.002). The Cronbach's coefficient alpha was 0.79, suggesting acceptable to high internal consistency. Study findings provide preliminary evidence of the screener's construct validity and reliability, supporting its use to assess eating practices based on the 2019-CFG healthy eating recommendations.


Assuntos
Comportamento Alimentar , Frutas , Canadá , Estudos Transversais , Reprodutibilidade dos Testes , Inquéritos e Questionários , Ingestão de Alimentos
3.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 39(6): e00206222, 2023. graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1447770

RESUMO

Abstract: Food biodiversity is characterized by the diversity of foods that compose a local, regional, or national ecosystem. Brazil has 20% of all the planet's biodiversity and the richest biomes in the world. Therefore, describing the participation of these foods in the Brazilian diet is relevant. Using a complex sample with data from 57,920 households collected by the Brazilian Institute of Geography and Statistics from 2017 to 2018, this study showed that, except for yerba mate, the availability of foods from Brazilian biodiversity is low, representing an average of 7.09g/per capita/day. Regarding biomes, the Caatinga had the highest availability of fruits (4.20g/per capita/day) while the Amazon had the highest availability of vegetables (1.52g/per capita/day). The results are unsatisfactory and lower than what is expected from a territory rich in biodiversity and a world-leading food system. A greater commitment is essential to promote actions that strengthen the consumption of these foods among Brazilians.


Resumo: A biodiversidade alimentar é caracterizada pela diversidade alimentar que compõe um ecossistema local, regional ou nacional. O Brasil tem 20% de toda a biodiversidade do planeta e os biomas mais ricos do mundo. No entanto, é relevante descrever a participação desses alimentos na dieta dos brasileiros. Utilizando uma amostra complexa com dados de 57.920 domicílios, coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2017 a 2018, observou-se que, com exceção da erva-mate, a disponibilidade de alimentos provenientes da biodiversidade é baixa, representando uma média de 7,09g/per capita/dia. Por biomas, a Caatinga apresentou a maior disponibilidade de frutos (4,20g/per capita/dia), enquanto para legumes, a Amazônia se destacou (1,52g/per capita/dia). Os resultados são insatisfatórios e abaixo do que se espera de um território biodiverso e de um sistema alimentar que é destaque mundial. É necessário um maior comprometimento para a promoção de ações que fortaleçam o consumo desses alimentos entre brasileiros.


Resumen: La biodiversidad alimentaria se caracteriza por la diversidad alimentaria que conforma un ecosistema local, regional o nacional. Brasil tiene el 20% de toda la biodiversidad del planeta y los biomas más ricos del mundo. Sin embargo, es relevante describir la participación de estos alimentos en la dieta de los brasileños. Utilizando una muestra compleja con datos de 57.920 domicilios, recopilados por el Instituto Brasileño de Geografía y Estadística de 2017 a 2018, se observó que, con excepción de la yerba mate, la disponibilidad de alimentos de la biodiversidad es baja, representando un promedio de 7,09g/per cápita/día. Por biomas, la Caatinga presentó la mayor disponibilidad de frutos (4,20g/per cápita/día), mientras que en relación a las legumbres, la Amazonía se destacó (1,52g/per cápita/día). Los resultados son insatisfactorios y por debajo de lo que se espera de un territorio rico en biodiversidad y un sistema alimentario mundialmente reconocido. Es necesario un mayor compromiso para la promoción de acciones que fortalezcan el consumo de estos alimentos entre los brasileños.

4.
Rev. saúde pública (Online) ; 57: 4, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1424432

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To evaluate food consumption in Brazil by race/skin color of the population. METHODS Food consumption data from the Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF - Household Budget Survey) 2017-2018 were analyzed. Food and culinary preparations were grouped into 31 items, composing three main groups, defined by industrial processing characteristics: 1 - in natura/minimally processed, 2 - processed, and 3 - ultra-processed. The percentage of calories from each group was estimated by categories of race/skin color - White, Black, Mixed-race, Indigenous, and Yellow- using crude and adjusted linear regression for gender, age, schooling, income, macro-region, and area. RESULTS In the crude analyses, the consumption of in natura/minimally processed foods was lower for Yellow [66.0% (95% Confidence Interval 62.4-69.6)] and White [66.6% (95%CI 66.1-67.1)] groups than for Blacks [69.8% (95%CI 68.9-70.8)] and Mixed-race people [70.2% (95%CI 69.7-70.7)]. Yellow individuals consumed fewer processed foods, with 9.2% of energy (95%CI 7.2-11.1) whereas the other groups consumed approximately 13%. Ultra-processed foods were less consumed by Blacks [16.6% (95%CI 15.6-17.6)] and Mixed-race [16.6% (95%CI 16.2-17.1)], with the highest consumption among White [20.1% (95%CI 19.6-20.6)] and Yellow [24.5% (95%CI 20.0-29.1)] groups. The adjustment of the models reduced the magnitude of the differences between the categories of race/skin color. The difference between Black and Mixed-race individuals from the White ones decreased from 3 percentage points (pp) to 1.2 pp in the consumption of in natura/minimally processed foods and the largest differences remained in the consumption of rice and beans, with a higher percentage in the diet of Black and Mixed-race people. The contribution of processed foods remained approximately 4 pp lower for Yellow individuals. The consumption of ultra-processed products decreased by approximately 2 pp for White and Yellow groups; on the other hand, it increased by 1 pp in the consumption of Black, Mixed-race, and Indigenous peoples. CONCLUSION Differences in food consumption according to race/skin color were found and are influenced by socioeconomic and demographic conditions.


RESUMO OBJETIVO Avaliar o consumo alimentar no Brasil por raça/cor da pele da população. MÉTODOS Foram analisados dados de consumo alimentar da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018. Alimentos e preparações culinárias foram agrupados em 31 itens, compondo três grupos principais, definidos por características do processamento industrial: 1 - in natura/minimamente processados, 2 - processados e 3 - ultraprocessados. O percentual de calorias de cada grupo foi estimado por categorias de raça/cor da pele - branca, preta, parda, indígena e amarela -, utilizando-se regressão linear bruta e ajustada para sexo, idade, escolaridade, renda, macrorregião e área. RESULTADOS Nas análises brutas, o consumo de alimentos in natura/minimamente processados foi menor para amarelos [66,0% (Intervalo de Confiança 95% 62,4-69,6)] e brancos [66,6% (IC95% 66,1-67,1)] que para pretos [69,8% (IC95% 68,9-70,8)] e pardos [70,2% (IC95% 69,7-70,7)]. Amarelos consumiram menos alimentos processados, com 9,2% das calorias (IC95% 7,2-11,1) enquanto os demais consumiram aproximadamente 13%. Ultraprocessados foram menos consumidos por pretos [16,6% (IC95% 15,6-17,6)] e pardos [16,6% (IC95% 16,2-17,1)], e o maior consumo ocorreu entre brancos [20,1% (IC95% 19,6-20,6)] e amarelos [24,5% (IC95% 20,0-29,1)]. O ajuste dos modelos reduziu a magnitude das diferenças entre as categorias de raça/cor da pele. A diferença entre pretos e pardos em relação aos brancos diminuiu, de 3 pontos percentuais (pp), para 1,2 pp no consumo de alimentos in natura/minimamente processados e as maiores diferenças remanescentes foram no consumo de arroz e feijão, com maior percentual na alimentação de pretos e pardos. A participação de alimentos processados permaneceu aproximadamente 4 pp menor para amarelos. O consumo de ultraprocessados diminuiu aproximadamente 2 pp para brancos e amarelos; por outro lado, aumentou 1 pp no consumo de pretos, pardos e indígenas. CONCLUSÃO Diferenças no consumo alimentar segundo raça/cor da pele foram encontradas e são influenciadas por condições socioeconômicas e demográficas.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Fatores Socioeconômicos , Inquéritos Nutricionais , Alimentos, Dieta e Nutrição , Fatores Raciais
5.
Rev. saúde pública (Online) ; 57: 12, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1432148

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To evaluate sociodemographic factors associated with the consumption of ultra-processed foods and the temporal evolution of their consumption in Brazil between 2008 and 2018. METHODS The study used food consumption data of individuals aged ≥ 10 years from 2008-2009 and 2017-2018 Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF - Household Budget Surveys), grouping the foods according to the Nova classification. We used crude and adjusted linear regression models to assess the association between sociodemographic characteristics and consumption of ultra-processed foods in 2017-2018 and the temporal variation in their consumption between 2008 and 2018. RESULTS Ultra-processed foods accounted for 19.7% of calories in 2017-2018. The adjusted analysis showed that their consumption was higher in women (versus men) and the South and Southeast regions (versus North) and lower in blacks (versus whites) and rural areas (versus urban), in addition to decreasing with the increased age and increasing with higher education and income. Consumption of ultra-processed foods increased by 1.02 percentage points (pp) from 2008-2009 to 2017-2018. This increase was significantly higher among men (+1.59 pp), black people (+2.04 pp), indigenous (+5.96 pp), in the rural area (+2.43 pp), those with up to 4 years of schooling (+1.18 pp), in the lowest income quintile (+3.54 pp), and the North (+2.95 pp) and Northeast (+3.11 pp) regions. On the other hand, individuals in the highest level of schooling (-3.30 pp) and the highest income quintile (-1.65 pp) reduced their consumption. CONCLUSIONS The socioeconomic and demographic segments with the lowest relative consumption of ultra-processed foods in 2017-2018 are precisely those that showed the most significant increase in the temporal analysis, pointing to a trend towards national standardization at a higher level of consumption.


RESUMO OBJETIVO Avaliar fatores sociodemográficos associados ao consumo de alimentos ultraprocessados e a evolução temporal do consumo no Brasil entre 2008 e 2018. MÉTODOS Foram utilizados dados do consumo alimentar de indivíduos com idade ≥ 10 anos das Pesquisas de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009 e 2017-2018. Os alimentos foram agrupados segundo a classificação Nova. Modelos de regressão linear brutos e ajustados foram utilizados para avaliar a associação entre características sociodemográficas e o consumo de ultraprocessados em 2017-2018 e a variação temporal de seu consumo entre 2008 e 2018. RESULTADOS Alimentos ultraprocessados representaram 19,7% das calorias em 2017-2018. A análise ajustada mostrou que seu consumo foi maior no sexo feminino ( versus masculino) e nas regiões Sul e Sudeste ( versus Norte), e menor em negros ( versus brancos) e na área rural ( versus urbana), além de diminuir com o aumento da idade e aumentar com escolaridade e renda. O consumo de ultraprocessados aumentou 1,02 pontos percentuais (pp) de 2008-2009 a 2017-2018, sendo este aumento mais expressivo em homens (+1,59 pp), negros (+2,04 pp), indígenas (+5,96 pp), na área rural (+2,43 pp), naqueles com até 4 anos de estudo (+1,18 pp), no quinto mais baixo de renda (+3,54 pp) e nas regiões Norte (+2,95 pp) e Nordeste (+3,11 pp). Por outro lado, seu consumo se reduziu na maior faixa de escolaridade (-3,30 pp) e no quinto mais alto de renda (-1,65 pp). CONCLUSÕES Os segmentos socioeconômicos e demográficos que tiveram menor consumo relativo de ultraprocessados em 2017-2018 são justamente os que apresentaram um aumento mais expressivo na análise temporal, apontando para uma tendência de padronização nacional em um patamar de consumo mais alto.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Idoso , Idoso de 80 Anos ou mais , Adulto Jovem , Fatores Socioeconômicos , Ingestão de Alimentos , Alimentos, Dieta e Nutrição , Alimento Processado
6.
Rev. saúde pública (Online) ; 57: 82, 2023. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1522867

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To investigate the performance of food consumption markers of the Food and Nutrition Surveillance System (Sisvan) in assessing the overall dietary quality. METHODS The study was carried out based on the reproduction of responses to markers in 24-hour recall data from 46,164 individuals aged ≥ 10 years, from the 2017-2018 Household Budget Survey (POF). Seven Sisvan markers were evaluated, and two scores were calculated for each participant, based on the sum of the number of healthy food markers (beans, fruits, and vegetables, ranging from 0 to 3) and unhealthy (hamburgers/sausages, sweetened beverages, instant noodles/salt snacks/crackers, stuffed cookies/sweets/candies, ranging from 0 to 4) consumed. Linear regression analyses were used to assess the association between scores and diet quality indicators (ultra-processed foods, dietary diversity, and levels of saturated and trans fat, added sugar, sodium, potassium, and fiber in the diet). RESULTS The score of healthy eating markers increased significantly with increasing dietary diversity and potassium and fiber contents in the diet, while the opposite trend was observed for the densities of added sugar, sodium, saturated and trans fat (p < 0.001). The score of unhealthy eating markers increased significantly with the increase in the consumption of ultra-processed foods and densities of added sugar, saturated and trans fat levels in the diet, while an inverse trend was observed for potassium and fiber (p < 0.001). The joint analysis of the combination of the two marker scores showed that individuals with better performance (3 in the healthy food score, and 0 in the unhealthy food score) have a lower number of inadequacies in nutrient consumption. CONCLUSION Sisvan food consumption markers, quickly and easily applied and already incorporated into the Brazilian public health system, have good potential to reflect the overall dietary quality.


RESUMO OBJETIVO Investigar o desempenho dos marcadores do consumo alimentar do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) na avaliação da qualidade global da alimentação. MÉTODOS O estudo foi realizado a partir da reprodução de respostas aos marcadores em dados de recordatórios de 24 horas, de 46.164 indivíduos com idade menor ou igual a 10 anos, da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018. Foram avaliados sete marcadores do Sisvan e calculados dois escores para cada participante, a partir do somatório do número de marcadores de alimentação saudável (feijão, frutas, verduras/legumes, variando de 0 a 3) e não saudável (hambúrguer/embutidos, bebidas adoçadas, macarrão instantâneo/salgadinhos/biscoitos salgados, biscoito recheado/doces/guloseimas, variando de 0 a 4) consumidos. Análises de regressão linear foram usadas para avaliar a associação entre os escores e indicadores de qualidade da alimentação (participação de alimentos ultraprocessados, diversidade e teores de gordura saturada, trans, açúcar de adição, sódio, potássio e fibra da dieta). RESULTADOS o escore de marcadores de alimentação saudável aumentou de forma significativa com o aumento da diversidade e dos teores de potássio e fibra da dieta, enquanto tendência oposta foi observada para as densidades de açúcar de adição, sódio, gordura saturada e trans (p < 0,001). Observou-se que o escore de marcadores de alimentação não saudável aumentou de forma significativa com o aumento da participação de alimentos ultraprocessados e dos teores de açúcar de adição, gordura saturada e trans da dieta, enquanto tendência inversa é observada para potássio e fibra (p < 0,001). A análise conjunta da combinação dos dois escores de marcadores mostrou que indivíduos com melhor desempenho (3 no escore de alimentos saudáveis, e 0 no de alimentos não saudáveis) possuem menor número de inadequações no consumo de nutrientes. CONCLUSÃO Os marcadores do consumo alimentar do Sisvan, aplicados de forma rápida e prática e já incorporados no sistema público de saúde brasileiro, possuem bom potencial para refletir a qualidade global da alimentação.


Assuntos
Humanos , Programas e Políticas de Nutrição e Alimentação , Vigilância Alimentar e Nutricional , Ingestão de Alimentos , Comportamento Alimentar , Dieta Saudável , Alimento Processado , Potássio , Sódio , Brasil , Açúcares
7.
Front Nutr ; 9: 1055532, 2022.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-36570160

RESUMO

Background: It remains uncertain how the intersection between educational, gender, and race/skin color inequalities influences food consumption in Brazil. In this study, we examined the educational inequality in the consumption of in natura/minimally processed and ultra-processed foods by Brazilians with an intersectional perspective between sex and race/color. Methods: We used cross-sectional data from the Telephone Surveillance System (VIGITEL 2019), comprising 52,443 participants ≥ 18 years. Daily food consumption was considered high when consumption of ≥5 foods for each food group was reported the day before the survey. Educational inequality in food consumption was assessed by the slope index of inequality (SII) and the relative index of inequality (RII) according to sex and race/color (White; Black/Brown). Positive SII and RII values > 1.0 indicate higher food consumption among more educated participants. Results: The consumptions of in natura/minimally processed and ultra-processed foods were more prevalent in those with the highest level of education (≥12 years) and intermediate education (9-11 years), respectively. However, highly educated White women had higher consumption of in natura/minimally processed foods than Black women with the same education level, and White men in low and intermediate school levels had higher consumption of these foods than Black men with the same education levels. We found higher absolute educational inequality for in natura/minimally processed foods among White women (SII 21.8, 95% CI 15.3, 28.4) and Black/Brown men (SII 19.3, 95% CI 12.5, 26.1). Black/Brown men (SII 7.3, 95% CI 0.5, 14.0) and Black/Brown women (SII 5.6, 95% CI 1.0, 10.2) had higher absolute educational inequality than White men (SII -3.3, 95% CI -10.9, 4.3; P = 0.04) in the consumption of ultra-processed foods. Conclusion: Educational inequalities influenced the consumption of in natura/minimally processed more than ultra-processed foods, and, for the latter, inequalities were greater among Black/Brown men and women than among White men.

8.
Rev. bras. ginecol. obstet ; 44(11): 1021-1031, Nov. 2022. tab
Artigo em Inglês | LILACS | ID: biblio-1423278

RESUMO

Abstract Objective To develop and validate a protocol for the use of the Dietary Guidelines for the Brazilian Population (DGBP) in the individual dietary advice for pregnant women assisted in primary healthcare (PHC). Methods Methodological study that involved the elaboration of a protocol in six steps: definition of the format, definition of the instrument to evaluate food consumption, systematization of evidence on food and nutrition needs of pregnant women, extraction of DGBP recommendations, development of messages of dietary guidelines and content, and face validity. The analyses of the validation steps were carried out by calculating the Content Validity Index (CVI) and thematic content analysis. Results As products of the steps, the protocol structure was defined and the dietary advice for pregnant women were elaborated, considering physiological changes, food consumption, nutritional and health needs, and socioeconomic conditions of this population. The protocol was well evaluated by experts and health professionals in terms of clarity, relevance (CVI > 0.8), and applicability. In addition, the participants made some suggestions to improve the clarity of the messages and to expand the applicability of the instrument with Brazilian pregnant women. Conclusion The instrument developed fills a gap in clinical protocols on dietary advice for pregnant women focused on promoting a healthy diet, contributing to a healthy pregnancy. In addition, it demonstrates potential to contribute to the qualification of PHC professionals and to the implementation of the DGBP recommendations.


Resumo Objetivo Desenvolver e validar um protocolo para uso do Guia Alimentar para a População Brasileira (GAPB) na orientação alimentar individual de gestantes atendidas na atenção primária à saúde (APS). Métodos Estudo metodológico que envolveu a elaboração de um protocolo em seis etapas: definição do formato do documento, definição do instrumento de avaliação do consumo alimentar, sistematização de evidências sobre necessidades de alimentação e nutrição de gestantes, extração das recomendações do GAPB, desenvolvimento de mensagens de orientação alimentar e validação de conteúdo e validação aparente. As análises das etapas de validação foram realizadas através do cálculo do índice de validade de conteúdo e análise temática de conteúdo. Resultados Como produtos das etapas, a estrutura do protocolo foi definida e as orientações alimentares de gestantes foram elaboradas, considerando as alterações fisiológicas, consumo alimentar, necessidades nutricionais e de saúde e condições socioeconômicas desta população. O protocolo foi bem avaliado por especialistas e profissionais de saúde nos critérios de clareza, pertinência (índice de validade de conteúdo > 0,8) e aplicabilidade. Além disso, os participantes deram sugestões para melhoria da clareza das mensagens e para ampliar a aplicabilidade do instrumento em gestantes brasileiras. Conclusão O instrumento desenvolvido preenche uma lacuna sobre protocolos clínicos de orientação alimentar para gestantes focado na promoção da alimentação saudável, contribuindo para uma gestação saudável. Além disso, o instrumento demonstra potencial para contribuir na qualificação de profissionais da APS e implementação das recomendações do GAPB.


Assuntos
Humanos , Feminino , Gravidez , Atenção Primária à Saúde , Guias de Prática Clínica como Assunto , Política Nutricional , Estudo de Validação , Nutrição da Gestante
9.
Cad Saude Publica ; 37(suppl 1): e00323020, 2022.
Artigo em Inglês, Português | MEDLINE | ID: mdl-35475880

RESUMO

The aim of this study was to conduct a literature scope review of the association between the consumption of ultra-processed foods and health outcomes. The search was carried out in the PubMed, Web of Science and LILACS databases. Studies that assessed the association between the consumption of ultra-processed foods, identified on the NOVA classification, and health outcomes were eligible. The review process resulted in the selection of 63 studies, which were analyzed in terms of quality using a tool from the National Institutes of Health. The outcomes found included obesity, metabolic risk markers, diabetes, cardiovascular diseases, cancer, asthma, depression, frailty, gastrointestinal diseases and mortality indicators. The evidence was particularly consistent for obesity (or indicators related to it) in adults, whose association with the consumption of ultra-processed foods was demonstrated, with dose-response effect, in cross-sectional studies with representative samples from five countries, in four large cohort studies and in a randomized clinical trial. Large cohort studies have also found a significant association between the consumption of ultra-processed foods and the risk of cardiovascular diseases, diabetes and cancer - even after adjusting for obesity. Two cohort studies have shown an association of ultra-processed foods consumption with depression and four cohort studies with all-cause mortality. This review summarized the studies' results that described the association between the consumption of ultra-processed foods and various non-communicable diseases and their risk factors, which has important implications for public health.


O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de escopo da literatura acerca da associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e desfechos em saúde. A busca foi realizada nas bases PubMed, Web of Science e LILACS. Foram elegíveis os estudos que avaliaram a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados identificados com base na classificação NOVA e os desfechos em saúde. O processo de revisão resultou na seleção de 63 estudos, os quais foram analisados em termos de qualidade com base em ferramenta do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. Os desfechos encontrados incluíram indicadores de obesidade, marcadores de risco metabólico, diabetes, doenças cardiovasculares, câncer, asma, depressão, fragilidade, doenças gastrointestinais e mortalidade. A evidência foi particularmente consistente para obesidade (ou indicadores relacionados a ela) em adultos, cuja associação com o consumo de ultraprocessados foi demonstrada, com efeito dose-resposta, em estudos transversais com amostras representativas de cinco países, em quatro grandes estudos de coorte e em um ensaio clínico randomizado. Grandes estudos de coorte também encontraram associação significativa entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e câncer, mesmo após ajuste para obesidade. Dois estudos de coorte demonstraram associação do consumo de alimentos ultraprocessados com depressão e quatro estudos de coorte com mortalidade por todas as causas. Esta revisão sumarizou os resultados de trabalhos que descreveram a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e as diversas doenças crônicas não transmissíveis e seus fatores de risco, o que traz importantes implicações para a saúde pública.


El objetivo de este estudio fue realizar una revisión de alcance de la literatura sobre la asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados y los resultados de salud. La búsqueda se realizó en las bases de datos PubMed, Web of Science y LILACS. Fueron elegibles los estudios que evaluaron la asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados identificados según la clasificación NOVA y los resultados de salud. El proceso de revisión resultó en la selección de 63 estudios, cuya calidad se analizó con base en una herramienta delo Instituto Nacional de Salud de Estados Unidos Los resultados encontrados incluyeron indicadores de obesidad, marcadores de riesgo metabólico, diabetes, enfermedad cardiovascular, cáncer, asma, depresión, fragilidad, enfermedad gastrointestinal y mortalidad. La evidencia fue particularmente consistente para la obesidad (o indicadores relacionados con ella) en adultos, cuya asociación con el consumo de alimentos ultraprocesados se demostró, con un efecto dosis-respuesta, en estudios transversales con muestras representativas de cinco países, en cuatro grandes estudios de cohortes y en un ensayo clínico aleatorizado. Grandes estudios de cohortes también encontraron una asociación significativa entre el consumo de alimentos ultraprocesados y el riesgo de enfermedades cardiovasculares, diabetes y cáncer, incluso después de ajustar la obesidad. Dos estudios de cohortes mostraron una asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados y la depresión y cuatro estudios de cohortes con mortalidad por todas las causas. Esta revisión resumió los resultados de estudios que describieron la asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados y las diversas enfermedades crónicas no transmisibles y sus factores de riesgo, lo que tiene importantes implicaciones para la salud pública.


Assuntos
Doenças Cardiovasculares , Adolescente , Adulto , Brasil , Doenças Cardiovasculares/etiologia , Criança , Estudos Transversais , Dieta/efeitos adversos , Humanos , Obesidade/etiologia , Ensaios Clínicos Controlados Aleatórios como Assunto , Estados Unidos
10.
Maturitas ; 156: 1-11, 2022 02.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-35033227

RESUMO

OBJECTIVE: To evaluate in postmenopausal women the association between menopause symptom intensity and the quality of life and clinical, anthropometric, and lifestyle factors, focusing on food consumption by degree of processing. STUDY DESIGN: A cross-sectional study of 288 postmenopausal women using interviews. MAIN OUTCOME MEASURES: The Kupperman-Blatt Menopausal Index and the Women's Health Questionnaire were used to evaluate the main outcomes of menopausal symptom intensity and quality of life, respectively. Data on socioeconomic, clinical, anthropometric, and lifestyle variables (smoking, alcohol intake, physical activity, and food consumption) were collected. RESULTS: Most women had moderate to severe intensity of menopausal symptoms. The highest tertile of ultra-processed food consumption was associated with a greater intensity of vasomotor symptoms (prevalence ratio [PR] 0.73, 95% confidence intervals [CI] 0.55-0.96) and sexual behavior (PR 1.22, CI 1.01-1.49). Higher intakes of sugar-sweetened beverages and sausages were associated with somatic symptoms (PR 1.23, CI 1.01-1.49) and poorer memory/concentration (PR 1.22, CI 1.02-1.47/ PR 1.22, CI 1.01-1.48). The highest tertile of vegetable intake was associated with greater protection against depressive mood (PR 0.64, CI 0.43-0.96), vasomotor symptoms (PR 0.79, CI 0.63-0, 99), and sleep disorders (PR 0.83, CI 0.69-0.99), and better quality of life (PR 0.79, CI 0.62-0.99). CONCLUSION: More intense vasomotor, sexual, somatic, and memory and concentration symptoms are associated with a higher consumption of ultra-processed foods, whereas those with a higher consumption of vegetables reported lower menopause symptom intensity and a better quality of life.


Assuntos
Pós-Menopausa , Qualidade de Vida , Estudos Transversais , Feminino , Manipulação de Alimentos , Hábitos , Fogachos/etiologia , Humanos , Menopausa , Inquéritos e Questionários
11.
Rev. saúde pública (Online) ; 56: 1-9, 2022. tab
Artigo em Inglês | LILACS, BBO | ID: biblio-1361137

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To study the association between ultra-processed food consumption and carbon and water footprints of the Brazilian diet. METHODS Cross-sectional analysis on data collected in 2008-2009 on a probabilistic sample of the Brazilian population aged ≥ 10 years (n = 32,886). Individual food intake was assessed using two 24-hour food records, on non-consecutive days. The environmental impact of individual diets was calculated by multiplying the amount of each food by coefficients that quantify the atmospheric emissions of greenhouse gases in grams of carbon dioxide equivalent (carbon footprint) and freshwater use in liters (water footprint), both per gram or milliliter of food. The two coefficients consider the food life cycle 'from farm to fork.' Crude and adjusted linear regression models and tests for linear trends assessed the association between the ultra-processed food contribution to total energy intake (quintiles) and the diet carbon and water footprints. Potential confounders included age, sex, education, income, and region. Total energy intake was assessed as a potential mediation variable. RESULTS In the crude models, the dietary contribution of ultra-processed foods was linearly associated with the carbon and water footprints of the Brazilian diet. After adjustment for potential confounders, the association remained significant only regarding the diet water footprint, which increased by 10.1% between the lowest and highest quintile of the contribution of ultra-processed foods. Additional adjustment for total energy intake eliminated this association indicating that the dietary contribution of ultra-processed foods increases the diet water footprint by increasing energy intake. CONCLUSIONS The negative impact of ultra-processed foods on the diet water footprint, shown for the first time in this study, adds to the negative impacts of these foods, already demonstrated regarding dietary nutrient profiles and the risk for several chronic non-communicable diseases. This reinforces the recommendation to avoid ultra-processed foods made in the official Brazilian Dietary Guidelines and increasingly in dietary guidelines of other countries.


Assuntos
Humanos , Criança , Água , Manipulação de Alimentos , Brasil , Ingestão de Energia , Estudos Transversais , Dieta , Ingestão de Alimentos , Fast Foods
12.
Artigo em Inglês | LILACS, BBO | ID: biblio-1390030

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To evaluate the trend of household food acquisition according to the NOVA classification in Brazil between 1987-1988 and 2017-2018. METHODS We used household food acquisition data from five editions of the Pesquisas de Orçamentos Familiares (Household Budget Surveys), conducted by the Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Brazilian Institute of Geography and Statistics), in the years 1987-1988, 1995-1996, 2002-2003, 2008-2009, and 2017-2018. All reported foods were categorized according to the NOVA classification. The household availability of food groups and subgroups was expressed through their share (%) in total calories, for all Brazilian families, by household situation (urban or rural), for each of the five geographic regions of the country, by fifths of the household income per capita distribution (2002-2003, 2008-2009 and 2017-2018 surveys), and for the 11 main urban regions of the country (1987-1988, 1995-1996, 2002-2003, 2008-2009 and 2017-2018 surveys). Linear regression models were used to assess the trend of increasing or decreasing food purchases. RESULTS The diet of the Brazilian population is still composed predominantly of foods in natura or minimally processed and processed culinary ingredients. However, our findings point to trends of increasing share of ultra-processed foods in the diet. This increase of 0.4 percentage points per year between 2002 and 2009 slowed down to 0.2 percentage points between 2008 and 2018. The consumption of ultra-processed food was higher among households with higher income, in the South and Southeast regions, in urban areas, and in metropolitan regions. CONCLUSION Our results indicate an increase in the share of ultra-processed foods in the diet of Brazilians. This is a worrisome scenario, since the consumption of such foods is associated with the development of diseases and the loss of nutritional quality of the diet.


RESUMO OBJETIVO Avaliar a tendência da aquisição domiciliar de alimentos de acordo com a classificação NOVA no Brasil entre 1987-1988 e 2017-2018. MÉTODOS Foram utilizados dados de aquisição domiciliar de alimentos provenientes de cinco edições da Pesquisas de Orçamentos Familiares, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, nos anos 1987-1988, 1995-1996, 2002-2003, 2008-2009 e 2017-2018. Todos os alimentos reportados foram categorizados segundo a classificação NOVA. A disponibilidade domiciliar dos grupos e subgrupos de alimentos foi expressa por meio de sua participação (%) nas calorias totais, para o conjunto das famílias brasileiras, por situação do domicílio (urbana ou rural), para cada uma das cinco regiões geográficas do país, por quintos da distribuição de renda domiciliar per capita (inquéritos de 2002-2003, 2008-2009 e 2017-2018); e para as 11 principais regiões urbanas do país (inquéritos de 1987-1988, 1995-1996, 2002-2003, 2008-2009 e 2017-2018). Modelos de regressão linear foram utilizados para avaliar a tendência de aumento ou diminuição na aquisição dos alimentos. RESULTADOS A dieta da população brasileira ainda é composta predominantemente por alimentos in natura e minimamente processados e ingredientes culinários processados. No entanto, nossos achados apontam tendências de aumento da participação de alimentos ultraprocessados na dieta. Esse aumento que foi de 0,4 pontos percentuais ao ano na primeira porção do período estudado, entre 2002 e 2009, e desacelerou para 0,2 pontos percentuais entre 2008 e 2018. O consumo de alimentos ultraprocessados foi maior entres os domicílios de maior renda, nas regiões Sul e Sudeste, na área urbana, e nas regiões metropolitanas. CONCLUSÃO Os resultados do presente estudo apontam um aumento na participação de alimentos ultraprocessados na dieta dos brasileiros. Cenário preocupante, uma vez que o consumo de tais alimentos está associado ao desenvolvimento de doenças e à perda da qualidade nutricional da dieta.


Assuntos
Fatores Socioeconômicos , Economia dos Alimentos , Brasil , Alimentos Industrializados , Alimentos, Dieta e Nutrição , Alimentos in natura
13.
Rev. saúde pública (Online) ; 56: 102, 2022. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1410048

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To estimate beef consumption and its influence on carbon and water footprints, as well as to improve the nutritional quality of the Brazilian diet. METHODS The amount of beef and other foods consumed was evaluated by two 24-hour food records in a representative sample of the Brazilian population ≥ 10 years of age (n = 32,853) from 2008 to 2009. The environmental impact of the diet considered the coefficients of the carbon footprint (gCO2 and/kg) and the water footprint (liters/kg) of the foods, as well as their nutritional quality considering the nutrient composition of each food associated with the prevention of nutritional deficiencies or the increase/decrease in chronic disease risk. Linear and logistic regression models, crude and adjusted for sex, age, education, income, region, and area, were used to respectively study the association of fifths of the caloric contribution of beef with the environmental impacts of the diet and inadequate nutrient intake. RESULTS Carbon and water footprints and protein, iron, zinc, vitamin B12, saturated fat, and sodium contents were higher in the fraction of the diet composed of beef, whereas fiber and added sugar contents were higher in the fraction composed by the other foods. Dietary beef contribution was directly associated with the carbon and water footprints of the diet and the risk of saturated fat and sodium excess, besides fiber insufficiency, inversely associated with the risk of protein, iron, zinc, and vitamin B12 insufficiency. CONCLUSION Reducing beef consumption in Brazil would also reduce the carbon and water footprints of the diet, as well as the risk of chronic diseases related to food. Therefore, in order not to increase the risk of nutritional deficiencies, monitoring the increased intake of other foods rich in protein, iron, zinc, and vitamin B12 is suggested.


RESUMO OBJETIVO Estimar o consumo de carne bovina e a sua influência nas pegadas de carbono e na pegada hídrica, bem como mesurar a qualidade nutricional da dieta no Brasil. MÉTODOS A quantidade consumida de carne bovina e dos demais alimentos foi avaliada por dois registros alimentares de 24 horas em amostra representativa da população brasileira ≥ 10 anos de idade (n = 32.853) entre 2008 e 2009. O impacto ambiental da dieta considerou os coeficientes da pegada de carbono (gCO2e/kg) e da pegada hídrica (litros/kg) dos alimentos, bem como sua qualidade nutricional considerando a composição de cada alimento em nutrientes associados à prevenção de deficiências nutricionais ou ao aumento/diminuição do risco de doenças crônicas. Modelos de regressão linear e logística, brutos e ajustados para sexo, idade, escolaridade, renda, região e área, foram utilizados para estudar, respectivamente, a associação de quintos da contribuição calórica de carne bovina com os impactos ambientais da dieta e com a ingestão inadequada de nutrientes. RESULTADOS As pegadas de carbono e hídrica e os teores de proteína, ferro, zinco, vitamina B12, gordura saturada e sódio foram maiores na fração da dieta composta por carnes bovinas, enquanto o teor de fibra e de açúcar de adição foram maiores na fração composta pelos demais alimentos. A contribuição dietética de carne bovina mostrou-se associada diretamente com as pegadas de carbono e hídrica da dieta e com o risco de ingestão excessiva de gordura saturada e de sódio, além de ingestão insuficiente de fibra, associando-se inversamente com o risco de ingestão insuficiente de proteína, ferro, zinco e vitamina B12. CONCLUSÃO A redução no consumo de carne bovina no Brasil diminuiria as pegadas de carbono e hídrica da dieta, assim como o risco de doenças crônicas relacionadas à alimentação. Portanto, para não aumentar o risco de deficiências nutricionais, é sugerido o acompanhamento do aumento da ingestão de outros alimentos fontes de proteína, ferro, zinco e vitamina B12.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Avaliação Nutricional , Usos da Água , Ingestão de Alimentos , Pegada de Carbono , Carne
14.
Rev. saúde pública (Online) ; 56: 118, 2022. tab
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-1424415

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To analyze the dietary patterns of Brazilian children under two years of age and assess their association with sociodemographic characteristics and health service use. METHODS This is a cross-sectional study with data from the 2013 National Health Survey (PNS). Patterns were found for two age groups by principal component analysis and their correlation with characteristics of interest was tested by linear regression models. RESULTS We found two dietary patterns for our groups. The first consisted of the consumption of fresh or minimally processed foods and the second, of ultra-processed foods. The greater adherence of children between six and 11 months to the first pattern was associated with higher per capita family income and urban residences in the most developed regions of Brazil. At 12 months or more, adherence related to white race/color, higher per capita family incomes, residence in more developed regions, and visits to private childcare. Adherence to the second pattern among children under one year of age was inversely associated with Yellow or Indigenous race/color, residence in the Brazilian Northeast, and childcare in specialized public or private services. At 12 months or more, greater adherence was directly associated with Black or Brown children who resided in more developed regions, and inversely associated with those living in the Brazilian Northeast. CONCLUSION We found two opposite dietary patterns in Brazilian children under two years of age and that several social determinants modify their chance of adhering to these patterns.


RESUMO OBJETIVO Analisar padrões alimentares de crianças brasileiras menores de dois anos e verificar a sua associação com características sociodemográficas e de utilização de serviços de saúde. MÉTODOS Estudo transversal com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013. A identificação dos padrões foi realizada em dois grupos etários por meio da análise fatorial por componentes principais e a correlação às características de interesse, testada por meio de modelos de regressão linear. RESULTADOS Em ambos os grupos foram identificados dois padrões alimentares: o primeiro foi caracterizado pelo consumo de alimentos in natura ou minimamente processado e o segundo marcado somente pelo consumo de alimentos ultraprocessados. A maior adesão das crianças entre seis e 11 meses ao primeiro padrão foi associada à maior renda familiar per capita, residência em área urbana e nas regiões mais desenvolvidas do país. Com 12 meses ou mais, a adesão foi relacionada com a raça/cor branca, maior renda familiar per capita, residência nas regiões mais desenvolvidas e realizar consultas de puericultura em serviços privados. No segundo padrão, a aderência entre os menores de um ano foi inversamente associada com raça/cor amarela ou indígena, residência na região Nordeste e realização de puericultura nos serviços públicos especializados ou nos privados. A partir dos 12 meses, a adesão foi diretamente associada com raça/cor preta ou parda e residência nas regiões mais desenvolvidas, e inversamente associada com residência na região Nordeste. CONCLUSÃO O estudo identificou dois padrões alimentares opostos em crianças brasileiras menores de dois anos, sendo que diferentes determinantes sociais modificam a chance de adesão a esses padrões.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Recém-Nascido , Lactente , Fatores Socioeconômicos , Serviços de Saúde da Criança , Nutrição do Lactente , Alimentos, Dieta e Nutrição
15.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(9): 4153-4161, set. 2021. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1339579

RESUMO

Resumo Foi avaliado o consumo de fibras alimentares no Brasil e sua relação com a ingestão de alimentos ultraprocessados. Foram utilizados dados de consumo alimentar, via registro alimentar de 24 horas, com indivíduos de idade ≥10 anos (n=34.003) oriundos da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. Os alimentos foram divididos em grupos: in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários processados, processados e ultraprocessados, estimando-se sua contribuição para o consumo de fibras. Verificou-se a relação entre quintos de consumo de ultraprocessados (avaliado pelo % do total de energia consumida) e teor médio de fibras na dieta (g/1.000kcal), e a prevalência de inadequação no consumo de fibras. Alimentos in natura ou minimamente processados apresentaram densidade de fibras significativamente maior do que os ultraprocessados e corresponderam à majoritária contribuição percentual de fibras na dieta, notavelmente a partir do arroz e feijão. Indivíduos do maior quintil de consumo de ultraprocessados tiveram 1,5 vez mais chance de apresentar ingestão de fibras inadequada. O consumo de ultraprocessados impactou negativamente na ingestão de fibras. Reduzir o consumo desses alimentos pode trazer benefícios à qualidade da dieta brasileira.


Abstract The consumption of dietary fiber in Brazil and its relationship with the intake of ultra-processed foods was evaluated. The analysis used food consumption data, with a 24-hour food record of residents aged ≥10 years (n=34.003) from the 2008-2009 Family Budgets Survey. The food products were divided into groups: in natura or minimally processed ingredients; processed culinary ingredients; processed and ultra-processed ingredients. The contribution of each food group and selected subgroups to the total fiber intake, the relation between quintiles of ultra-processed foods (evaluated by the % of total energy intake), average dietary fiber content (g/1,000kcal), and the prevalence of inadequate fiber consumption, was estimated. In natura or minimally processed foods revealed significantly higher fiber density than ultra-processed foods and corresponded to the majority percentile contribution of dietary fiber, notably derived from rice and beans. Individuals in the largest quintile of ultra-processed consumption were 1.5 times more likely to ingest inadequate fiber intake. The consumption of ultra-processed foods had a negative impact on fiber intake. Reducing the consumption of these foods can bring benefits to the quality of the Brazilian diet.


Assuntos
Humanos , Fibras na Dieta , Fast Foods , Brasil , Ingestão de Energia , Estudos Transversais , Dieta , Manipulação de Alimentos
16.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 26(4): 1233-1244, abr. 2021. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1285903

RESUMO

Resumo O objetivo deste estudo foi descrever o consumo de frutas no Brasil e a associação com a ingestão de alimentos ultraprocessados (UP) em amostra representativa de 32.900 brasileiros da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. A associação entre a participação calórica (% energia) das frutas na dieta e quintos de consumo de UP foi analisada por meio de regressão linear. Frutas representaram 5% das calorias, sendo cerca de metade (2,4%) como suco. Homens apresentaram consumo inferior ao das mulheres e houve maior consumo com aumento da idade, renda e escolaridade. Foi observada associação inversa entre consumo de frutas inteiras e UP. Dentre os indivíduos que consumiram frutas (68%) houve pouca diversidade (média: 1,16 tipos/dia). As frutas mais consumidas foram laranja, banana e maçã. Consumiu-se frutas inteiras principalmente nos horários de almoço e lanches e o consumo foi inversamente associado com a ingestão de UP no almoço, lanche da tarde e jantar. Os sucos foram mais consumidos no almoço e não variaram com o consumo de UP. Maior consumo de frutas fora do domicílio se repetiu em todos os quintos de UP. A baixa ingestão de frutas no Brasil e a associação com UP reforçam a necessidade de iniciativas de promoção da alimentação saudável.


Abstract The scope of this study was to describe the consumption of fruit in Brazil and its association with the intake of ultra-processed (UP) foods in a representative sample of 32,900 individuals from the 2008-2009 Household Budget Survey. The association between calory contribution of fruit to the diet and quintiles of UP food intake was analyzed using linear regression. Fruit accounted for just over 5% of the calories, about half of which (2.4%) was in the form of juice. Men revealed lower consumption than women, and consumption increased with increasing age, income, and schooling. An inverse association between consumption of whole fruits and UP food was observed. Among the individuals who reported consuming fruit (68%), there was little diversity (mean: 1.16 types/day). The fruit most consumed included orange, banana, and apple. Whole fruit was consumed mainly at lunchtime and as snacks. The consumption was inversely associated with UP food intake at lunch, afternoon snack, and dinner. Juices were consumed mainly at lunchtime and did not vary with UP food intake. Higher fruit consumption outside the home occurred in all quintiles of UP food intake. Low fruit intake in Brazil and the association with UP consumption highlight the need for initiatives to promote healthy eating.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Ingestão de Energia , Frutas , Comportamento , Brasil , Estudos Transversais , Dieta , Ingestão de Alimentos
17.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 37(supl.1): e00323020, 2021. tab, graf
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1374805

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de escopo da literatura acerca da associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e desfechos em saúde. A busca foi realizada nas bases PubMed, Web of Science e LILACS. Foram elegíveis os estudos que avaliaram a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados identificados com base na classificação NOVA e os desfechos em saúde. O processo de revisão resultou na seleção de 63 estudos, os quais foram analisados em termos de qualidade com base em ferramenta do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. Os desfechos encontrados incluíram indicadores de obesidade, marcadores de risco metabólico, diabetes, doenças cardiovasculares, câncer, asma, depressão, fragilidade, doenças gastrointestinais e mortalidade. A evidência foi particularmente consistente para obesidade (ou indicadores relacionados a ela) em adultos, cuja associação com o consumo de ultraprocessados foi demonstrada, com efeito dose-resposta, em estudos transversais com amostras representativas de cinco países, em quatro grandes estudos de coorte e em um ensaio clínico randomizado. Grandes estudos de coorte também encontraram associação significativa entre o consumo de alimentos ultraprocessados e o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e câncer, mesmo após ajuste para obesidade. Dois estudos de coorte demonstraram associação do consumo de alimentos ultraprocessados com depressão e quatro estudos de coorte com mortalidade por todas as causas. Esta revisão sumarizou os resultados de trabalhos que descreveram a associação entre o consumo de alimentos ultraprocessados e as diversas doenças crônicas não transmissíveis e seus fatores de risco, o que traz importantes implicações para a saúde pública.


El objetivo de este estudio fue realizar una revisión de alcance de la literatura sobre la asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados y los resultados de salud. La búsqueda se realizó en las bases de datos PubMed, Web of Science y LILACS. Fueron elegibles los estudios que evaluaron la asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados identificados según la clasificación NOVA y los resultados de salud. El proceso de revisión resultó en la selección de 63 estudios, cuya calidad se analizó con base en una herramienta delo Instituto Nacional de Salud de Estados Unidos Los resultados encontrados incluyeron indicadores de obesidad, marcadores de riesgo metabólico, diabetes, enfermedad cardiovascular, cáncer, asma, depresión, fragilidad, enfermedad gastrointestinal y mortalidad. La evidencia fue particularmente consistente para la obesidad (o indicadores relacionados con ella) en adultos, cuya asociación con el consumo de alimentos ultraprocesados se demostró, con un efecto dosis-respuesta, en estudios transversales con muestras representativas de cinco países, en cuatro grandes estudios de cohortes y en un ensayo clínico aleatorizado. Grandes estudios de cohortes también encontraron una asociación significativa entre el consumo de alimentos ultraprocesados y el riesgo de enfermedades cardiovasculares, diabetes y cáncer, incluso después de ajustar la obesidad. Dos estudios de cohortes mostraron una asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados y la depresión y cuatro estudios de cohortes con mortalidad por todas las causas. Esta revisión resumió los resultados de estudios que describieron la asociación entre el consumo de alimentos ultraprocesados y las diversas enfermedades crónicas no transmisibles y sus factores de riesgo, lo que tiene importantes implicaciones para la salud pública.


The aim of this study was to conduct a literature scope review of the association between the consumption of ultra-processed foods and health outcomes. The search was carried out in the PubMed, Web of Science and LILACS databases. Studies that assessed the association between the consumption of ultra-processed foods, identified on the NOVA classification, and health outcomes were eligible. The review process resulted in the selection of 63 studies, which were analyzed in terms of quality using a tool from the National Institutes of Health. The outcomes found included obesity, metabolic risk markers, diabetes, cardiovascular diseases, cancer, asthma, depression, frailty, gastrointestinal diseases and mortality indicators. The evidence was particularly consistent for obesity (or indicators related to it) in adults, whose association with the consumption of ultra-processed foods was demonstrated, with dose-response effect, in cross-sectional studies with representative samples from five countries, in four large cohort studies and in a randomized clinical trial. Large cohort studies have also found a significant association between the consumption of ultra-processed foods and the risk of cardiovascular diseases, diabetes and cancer - even after adjusting for obesity. Two cohort studies have shown an association of ultra-processed foods consumption with depression and four cohort studies with all-cause mortality. This review summarized the studies' results that described the association between the consumption of ultra-processed foods and various non-communicable diseases and their risk factors, which has important implications for public health.


Assuntos
Humanos , Criança , Adolescente , Adulto , Doenças Cardiovasculares/etiologia , Estados Unidos , Brasil , Ensaios Clínicos Controlados Aleatórios como Assunto , Estudos Transversais , Dieta/efeitos adversos , Obesidade/etiologia
18.
Rev. bras. geriatr. gerontol. (Online) ; 24(5): e210157, 2021. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1387862

RESUMO

Resumo Objetivo Desenvolver e validar um protocolo de uso do Guia Alimentar para a População Brasileira na orientação alimentar da pessoa idosa durante as consultas clínicas individuais na Atenção Primária à Saúde (APS). Métodos Esta construção seguiu seis etapas metodológicas, sendo elas: (1) definição do formato do protocolo; (2) definição do instrumento de avaliação do consumo alimentar dos indivíduos; (3) extração das recomendações do Guia Alimentar aplicáveis para orientação alimentar individual; (4) sistematização de evidências sobre necessidades de alimentação e nutrição da pessoa idosa; (5) desenvolvimento de mensagens de orientação alimentar para a pessoa idosa; (6) validação de conteúdo e aparente e análise dos dados. Resultados Como produtos das etapas, foi definida a estrutura do protocolo e construída as orientações alimentares baseadas nas necessidades nutricionais e de saúde da população idosa, considerando a capacidade funcional e alterações fisiológicas e sociais desse ciclo de vida. O protocolo foi bem avaliado por especialistas e profissionais de saúde nos critérios de clareza, pertinência (Índice de validade de conteúdo >0,8) e aplicabilidade. Além disso, os participantes deram sugestões para melhoria da clareza das mensagens e para ampliar a aplicabilidade do instrumento com pessoas idosas brasileiras. Conclusão O protocolo pode contribuir para qualificação da orientação alimentar na APS, disseminação das informações do Guia Alimentar e promoção do cuidado integral e envelhecimento saudável da população.


Abstract Objective Develop and validate a protocol for the use of the Food Guide for the Brazilian Population (FGBP) in the dietary guidelines for elderly people during individual clinic appointments in Primary Health Care (PHC). Methods The elaboration followed six methodological steps, namely: (1) protocol format definition; (2) definition of the instrument for assessing food consumption; (3) extracting applicable Food Guide recommendations for individual dietary guidelines; (4) evidence systematization on dietary and nutrition needs of the elderly; (5) development of nutritional guidelines messages for the elderly; (6) content and apparent validation and data analysis. Results As products of the steps, the protocol structure was defined and dietary guidelines were elaborated based on the nutritional and health needs of the elderly population, considering the functional capacity and physiological and social changes of this life cycle. The protocol was well assessed by experts and health professionals as to clarity, relevance (content validity index > 0.8) and applicability. In addition, the participants made some suggestions to improve the clarity of the messages and to expand the applicability of the instrument with elderly Brazilians. Conclusion The protocol can contribute to the qualification of dietary guidelines in PHC, dissemination of information from the Food Guide and promotion of comprehensive care and healthy aging of the population.

19.
Rev. saúde pública (Online) ; 55: 1-10, 2021. tab, graf
Artigo em Inglês, Português | LILACS, BBO | ID: biblio-1352177

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE: To estimate the carbon footprint of the Brazilian diet and of sociodemographic strata of this population. METHODS: Carbon footprint of the diet was estimated based on data from two 24-hour diet records, obtained in 2008 and 2009, from a probabilistic sample of the Brazilian population aged 10 years and over (n = 34,003) and on environmental impact coefficients of food and culinary preparations consumed in Brazil (gCO2e/kg). Means with 95% confidence intervals of food consumption (kcal/person/day) and the carbon footprint of the diet (gCO2e/person/day and in gCO2e/2,000kcal) were calculated for the population as a whole and for strata according to sex, age, income, education, macro-regions and Federative Unit. Linear regression models were used to identify significant differences (p < 0.05) in the dietary carbon footprint of different sociodemographic strata. RESULTS: The average carbon footprint of the Brazilian diet was 4,489gCO2e/person/day. It was higher for males, for the age group from 20 to 49 years and for the North and Midwest regions, and tended to increase with income and education. The pattern of association of footprint with sociodemographic variables did not change substantially with adjustment for differences in the amount of food consumed, except for a reduction in the relative excess of the footprint among males and an increase in the relative excess of the footprint in the Midwest region. CONCLUSION: The carbon footprint of the Brazilian diet exceeds by about 30% the footprint of the human diet, which could simultaneously meet the nutritional requirements of a healthy diet and the global goal of containing the increase in the planet's average temperature. The pattern of association of this footprint with sociodemographic variables can help identify priority targets for public actions aimed at reducing the environmental impacts of food consumption in Brazil.


RESUMO OBJETIVO: Estimar a pegada de carbono da dieta brasileira e de estratos sociodemográficos dessa população. MÉTODOS: A pegada de carbono da dieta foi estimada com base nos dados de dois registros alimentares de 24 horas, obtidos em 2008 e 2009, de uma amostra probabilística da população brasileira com 10 ou mais anos de idade (n = 34.003) e em coeficientes de impacto ambiental de alimentos e preparações culinárias consumidos no Brasil (gCO2e/kg). Médias com intervalos de confiança de 95% do consumo alimentar (kcal/pessoa/dia) e da pegada de carbono da dieta (gCO2e/pessoa/dia e em gCO2e/2.000kcal) foram calculadas para o conjunto da população e para estratos segundo sexo, idade, renda, escolaridade, macrorregiões e Unidade Federativa. Modelos de regressão linear foram utilizados para identificar diferenças significativas (p < 0,05) na pegada de carbono da dieta de diferentes estratos sociodemográficos. RESULTADOS: A pegada média de carbono da dieta brasileira foi de 4.489gCO2e/pessoa/dia. Foi maior para o sexo masculino, para a faixa etária de 20 a 49 anos e para as regiões Norte e Centro-Oeste, e tendeu a aumentar com a renda e a escolaridade. O padrão de associação da pegada a variáveis sociodemográficas não se alterou substancialmente com o ajuste para diferenças na quantidade consumida de alimentos, exceto por uma redução no excesso relativo da pegada entre homens e pelo aumento no excesso relativo da pegada na região Centro-Oeste. CONCLUSÃO: A pegada de carbono da dieta brasileira excede em cerca de 30% a pegada da dieta humana que poderia atender, simultaneamente, os requisitos nutricionais de uma dieta saudável e a meta global de contenção do aumento da temperatura média do planeta. O padrão de associação dessa pegada às variáveis sociodemográficas pode auxiliar na identificação de alvos prioritários para ações públicas que visem a reduzir os impactos ambientais do consumo alimentar no Brasil.


Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Adulto Jovem , Dieta , Pegada de Carbono , Brasil , Inquéritos sobre Dietas , Necessidades Nutricionais
20.
Rev. saúde pública (Online) ; 55: 13, 2021. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS, BBO | ID: biblio-1289979

RESUMO

ABSTRACT OBJECTIVE To describe the Nova score for the consumption of ultra-processed foods (UPF) and evaluate its potential in reflecting the dietary share of UPF in Brazil. METHODS This study was conducted in São Paulo with a convenience sample of 300 adults. Using a tablet, participants answered a 3-minute electronic self-report questionnaire on the consumption of 23 subgroups of UPF commonly consumed in Brazil, regarding the day prior the survey. Each participant score corresponded to the number of subgroups reported. The dietary share of UPF on the day prior to the survey, expressed as a percentage of total energy intake, was calculated based on data collected on a 30-minute complete 24-hour dietary recall administered by trained nutritionists. The association between the score and the dietary share of UPF was evaluated using linear regression models. The Pabak index was used to assess the agreement in participants' classification according to the fifths of Nova score and the fifths of dietary share of UPF. RESULTS The average dietary share of UPF increased linearly and significantly with the increase of the Nova score for the consumption of ultra-processed foods. We found a substantial agreement in participants' classification according to the fifths of the distribution of scores and the fifths of the dietary share of UPF (Pabak index = 0.67). Age was inversely associated with a relatively high frequency of UPF consumption (upper fifth of the distribution) for both score and dietary share of UPF. CONCLUSION The Nova score for the consumption of ultra-processed foods, obtained in a quick and practical manner, shows a good potential in reflecting the dietary share of UPF in Brazil.


RESUMO OBJETIVO Descrever o escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados e avaliar seu potencial para refletir, no contexto brasileiro, a participação desses alimentos na dieta. MÉTODOS Estudo realizado na cidade de São Paulo com amostra de conveniência de 300 adultos, que responderam, em cerca de três minutos, em um tablet, a um questionário eletrônico de autorrelato sobre o consumo, no dia anterior, de 23 subgrupos de alimentos ultraprocessados comumente consumidos no Brasil. O escore de cada participante correspondeu ao número de subgrupos reportados. A participação de alimentos ultraprocessados no consumo alimentar do mesmo dia, expressa como percentual da ingestão total de energia, foi calculada por meio das respostas dos participantes a recordatório alimentar completo de 24 horas aplicado em cerca de 30 minutos por nutricionistas treinados. A associação entre o escore e a participação de ultraprocessados na dieta foi estudada por modelos de regressão linear. A concordância na classificação dos participantes segundo quintos do escore e quintos da participação de alimentos ultraprocessados na dieta foi avaliada pelo índice Pabak. RESULTADOS O percentual médio de participação de alimentos ultraprocessados na dieta aumentou linear e significativamente com o aumento do escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados. Observou-se concordância substancial na classificação dos participantes segundo quintos da distribuição do escore e quintos da distribuição do percentual de participação de alimentos ultraprocessados na dieta (índice Pabak = 0,67). Relação inversa da idade com a frequência de consumo relativamente elevado de alimentos ultraprocessados (quinto superior da distribuição) foi observada tanto para o escore quanto para a participação de alimentos ultraprocessados na dieta. CONCLUSÃO O escore Nova de consumo de alimentos ultraprocessados, obtido de forma rápida e prática, apresenta bom potencial para refletir, no contexto brasileiro, a participação desses alimentos na dieta.


Assuntos
Humanos , Adulto , Fast Foods , Manipulação de Alimentos , Brasil , Ingestão de Energia , Dieta
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
DETALHE DA PESQUISA